A Organização Internacional para Migrações, OIM, afirmou que mais de 200 mil pessoas atravessaram o Mar Mediterrâneo em direção à Europa este ano.
A agência parceira da ONU declarou, esta sexta-feira, que desde janeiro foram registradas quase 1,5 mil mortes de migrantes e refugiados durante o trajeto.
Naufrágio
O anúncio da OIM ocorre depois do naufrágio de um barco que levava 600 pessoas, nesta quarta-feira. Pelo menos 100 estão desaparecidas.
O porta-voz da agência, Joel Millman, disse que nas últimas 24 horas foram registrados pelo menos três incidentes com mortes na região.
Segundo Millman, “alguns corpos foram encontrados”. A maioria dos migrantes que viaja pela rota leste do Mediterrâneo, geralmente vem da Nigéria ou da região Subsaariana da África.
Ele explicou que o fluxo de pessoas tentando realizar a travessia aumentou muito porque algumas delas estão pagando apenas US$ 85, o equivalente a R$ 304, pela viagem.
Preocupação
Ao mesmo tempo, o Alto Comissariado da ONU para Refugiados, Acnur, expressou preocupação com as condições dos acampamentos usados pelos refugiados na Grécia.
Segundo a agência, vários locais fornecidos pelas autoridades gregas não são adequados para “habitação humana”.
A porta-voz Melissa Fleming afirmou que a maioria das pessoas foi levada para galpões e fábricas abandonadas que não estão preparadas para abrigar ninguém.
Os últimos dados do Acnur mostram que 22 países da União Europeia prometeram receber mais de 7,7 mil refugiados, mas pouco mais de 1,5 mil foram realojados.
Refugiados e migrantes chegam à Itália. Foto: Acnur/Achilleas Zavallis (arquivo)
Edgard Júnior, da Rádio ONU em Nova York.