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Varejo elimina 451 postos de trabalho na região em abril

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Dados do Sincovat revelam que o setor de concessionárias de veículos foi preponderante para o desempenho negativo do varejo

O comércio varejista da região fechou 451 postos de trabalho no mês de abril deste ano, resultado de 3.331 admissões contra 3.782 desligamentos. Em 12 meses, foram eliminados 3.258 empregos com carteira assinada.

Os dados recebidos pelo Sincovat (Sindicato do Comércio Varejista de Taubaté) são da Pesquisa de Emprego no Comércio Varejista do Estado de São Paulo (PESP), da FecomercioSP, elaborada com base nos dados do Ministério do Trabalho, por meio do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e o impacto do seu resultado no estoque estabelecido de trabalhadores no Estado de São Paulo, obtido com base na Relação Anual de Informações Sociais (Rais).

Sete das nove atividades analisadas apresentaram queda na ocupação formal em abril no comparativo com o mesmo mês de 2015. As mais expressivas foram observadas nos segmentos de concessionárias de veículos (-11,6%) e de eletrodomésticos, eletrônicos e lojas de departamentos (-10,2%). Por outro lado, os setores de supermercados (2,5%) e de farmácias e perfumarias (0,8%) foram os únicos que mostraram alta no estoque de trabalhadores no período.

A pesquisa é segmentada em 16 Delegacias Regionais, entre elas Taubaté – composta por 39 municípios. Para o presidente do Sincovat Dan Guinsburg, a queda do consumo, em decorrência da inflação elevada e da diminuição da renda é a principal causa do desemprego no comércio. “O empresário já reduziu a conta de energia, de telefone, está renegociando o valor do aluguel e mesmo assim não está conseguindo manter o quadro de funcionários. Pelo que percebemos, a demissão é o último recurso utilizado. Ou seja, o cenário continua preocupante. Os preços estão subindo e as vendas continuam fracas”, explica Dan.

A expectativa da entidade é que haja uma estabilização no último trimestre do ano. “Tudo vai depender desse novo governo. A equipe econômica precisa passar mais confiança para o consumidor, que tem medo de perder o emprego ou já perdeu. O último trimestre costuma ser positivo para o comércio. Então, esperamos que esses números negativos, ao menos, pare de crescer”, comenta o presidente.

Imagem: TV Sincovat


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