O secretário-geral das Nações Unidas se reuniu em seu primeiro dia de visista à Olimpíada no Rio de Janeiro com a equipe de 10 atletas refugiados.
Ban Ki-moon lembrou que “apesar de terem tido experiências tristes e terríveis”, eles representavam agora uma fonte de inspiração e esperança para muitas pessoas.
Deslocados
O chefe da ONU destacou que existem hoje no mundo 65 milhões de refugiados ou deslocados. Pessoas que tiveram que fugir de suas casas. Este é o maior número desde a Segunda Guerra Mundial. Para Ban, este é um sério problema.
Ele elogiou a iniciativa do Comitê Olímpico Internacional, COI, de patrocinar uma equipe de atletas refugiados levando assim esperança a pessoas como eles
Segundo Ban Ki-moon, os atletas têm talentos que acabaram ficando escondidos e abandonados pela comunidade internacional.
Ele animou os refugiados a mostrarem ao mundo o que sabem, suas capacidades e pontos fortes, sua determinação de correr mais rápido, de saltar mais alto e de serem mais fortes.
A equipe tem cinco refugiados sul-sudaneses, dois da Síria, dois da República Democrática do Congo e um da Etiópia.
3 bilhões
Ban apostou que os refugiados que competem no Rio de Janeiro serão bastante aplaudidos pelo mundo. E afirmou que pelo menos 3 bilhões de pessoas assistirão à abertura dos jogos na noite desta sexta-feira diretamente do Rio de Janeiro.
Ele disse que apesar de serem tempos difíceis para os atletas e suas famílias, existem pessoas que estão em situações piores.
E terminou lembrando que os refugiados foram escolhidos e que mesmo com a sorte, eles não devem encarar o que estão vivendo como algo corriqueiro. Para Ban Ki-moon, os 10 atletas devem mostrar aos amigos o que eles podem fazer quando o COI, a ONU e todos os outros ajudam.
Para ele, o desempenho dos atletas n Rio dará uma mensagem ao mundo sobre o que pode acontecer quando alguém lhes estende a mão.
Secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon. Foto: ONU/Mark Garten.
Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova York.