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Sistema prisional tem tropa de elite para atuar nas penitenciárias

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A tropa de elite do sistema prisional paulista, o Grupo de Intervenção Rápida (GIR), atua em situações críticas como  a subversão da ordem e da disciplina, motins e rebeliões nas Unidades Prisionais e Centros de Detenção Provisória (CDP). Sua função é controlar revoltas nos presídios e apoiar os colegas que atuam no interior das penitenciárias, em operações de rotina como as de revistas nas unidades.

No Estado de São Paulo, existem 10 GIRs localizadas nas Coordenadorias Regionais da Secretaria da Administração Penitenciária (SAP). Para integrar a tropa composta de ASPs (Agente de Segurança Penitenciária) e AEVPs (Agente de Escolta e Vigilância Penitenciária), é necessário se inscrever para o GIR e passar por algumas provas, entre elas, o TAF (Teste de Aptidão Física) e por um processo de investigação social, para saber se não há alguma pendência contra o futuro integrante. Depois de aprovado, o agente de segurança passa por um período probatório de seis meses, antes de assumir em definitivo.

O GIR-4 atua na cidade de São Paulo e na região metropolitana. Seu comandante, Saulo dos Santos Matos, conta que o grupo da Capital foi constituído em 2004. No início, era tudo muito difícil por ser um grupamento desconhecido e as dificuldades eram muitas. “Hoje estamos bem estruturados e prontos para enfrentar as situações mais delicadas”. A tropa está em treinamento constante, feito na Base Operacional do GIR-4 na Zona Norte de São Paulo.

Treinamento
A Base Operacional do GIR-4, segundo Matos, possui o maior estande de tiro indoor (fechado) da América Latina. Um estande de tiros com seis baias com 50 metros de pista livre cada e uma sala de aula para instrução de armamento. Há ainda uma pista de obstáculos com vários equipamentos; vestiários masculinos e femininos; alojamento, academia de musculação; sala de tatame (para treinamentos de imobilização e lutas); duas salas de aula; armaria para guarda de armas e uma quadra poliesportiva com vestiário. Completam as instalações, um espaço para atividade administrativas, onde fica o comando geral e o comando das respectivas equipes operacionais, almoxarifado e refeitório.

O GIR utiliza apenas armamento não-letal em suas operações.  Matos se orgulha em afirmar que, em todos esses anos, não foi registrado nenhum incidente que resultasse em morte, seja entre presos ou entre os componentes da tropa. A experiência levou o GIR-4 a ser requisitado para treinamento de agentes penitenciários de outros Estados como Espírito Santo, e, no passado, no Estado do Ceará, em operação de apoio para retomada de ordem.

Sem entrar em detalhes, Matos disse que o Grupo já enfrentou situações críticas em diversas unidades prisionais no Estado de São Paulo.

Áreas de atuação das GIR

GIR–1 (Sorocaba)
GIR-2 (Itirapina)
GIR-3 (Avaré)
GIR-4 (Capital)
GIR-5 (Taubaté)
GIR-6 (Litoral-São Vicente)
GIR-7 (Lucélia)
GIR-8 (Venceslau)
GIR-9 (Marília)
GIR-10 (Lavínia)*

*O GIR de Lavínia é uma subdivisão do grupo de Presidente Venceslau e atua na área norte da Coordenadoria Oeste (Croeste)

Foto:Divulgação/SAP

 

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