Assim como aconteceu em todo o país, o Vale do Paraíba parou contra as reformas do governo Michel Temer, na primeira Greve Geral realizada em pelo menos duas décadas.
Esta sexta-feira, dia 28 de abril, será uma data histórica para a classe trabalhadora brasileira, que mostrou a sua profunda rejeição às reformas trabalhista e da Previdência e à lei da terceirização.
Também foi um duro golpe contra o presidente Temer, que, segundo as mais recentes pesquisas, é rejeitado por quase toda a população.
A categoria metalúrgica aderiu em peso à Greve Geral. Empresas como Embraer, General Motors, TI Automotive e Avibras dispensaram seus trabalhadores antecipadamente em virtude da paralisação nacional. Já as fábricas que insistiram em convocar os metalúrgicos a trabalhar, como Ericsson, Heatcraft, Chery, MWL e Deca, amargaram a força da mobilização da categoria e não produziram nada.
A verdade é que boa parte dos metalúrgicos atendeu ao chamado do Sindicato e nem saiu para trabalhar.
Aderiram à Greve Geral na região metalúrgicos, trabalhadores da alimentação, dos Correios, da construção civil, petroleiros, têxteis, químicos, professores, bancários, comerciários e condutores.
Segundo o Sindicato dos Condutores, 450 ônibus deixaram de circular e 2,5 mil trabalhadores não trabalharam. Em Jacareí e Taubaté, o transporte também foi totalmente paralisado.
No centro de São José dos Campos, Jacareí e Taubaté as lojas tiveram as portas fechadas.
Do setor químico, pararam a Johnson, Basf e Tarkett. A Heineken e Ambev, do setor de alimentação, também pararam. Agências bancárias foram fechadas. Servidores públicos também cruzaram os braços, assim como professores das redes estadual e municipal. A Revap (Refinaria Henrique Lages) também foi paralisada pelos petroleiros e trabalhadores da construção civil.
Trabalhadores ocuparam a Via Dutra por uma hora na altura do km 143, em São José dos Campos, no sentido Rio de Janeiro.
Manifestações de rua
Em São José e Jacareí, as categorias em greve fizeram protestos na Praça Afonso Pena e na Praça Conde Frontim, respectivamente, na manhã deste dia 28. O protesto joseense reuniu cerca de mil pessoas.
Faixas, cartazes e palavras de ordem criticavam as propostas do governo que atacam a aposentadoria, as pensões e a CLT (Consolidação das Leis do Trabalho).
“Essa Greve Geral mostra a indignação da classe trabalhadora e do povo pobre com os ataques propostos pelo corrupto do Michel Temer e esse Congresso de picaretas. Não é possível que eles queiram continuar com esses ataques com a imensa mobilização realizada no país neste dia histórico”, comentou o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos, Antônio Ferreira de Barros, o Macapá.