A comissão formada para discutir o layoff da GM receberá o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos na próxima quarta (10), às 16h. Segundo o vereador Lino Bispo (PR), que propôs a formação da comissão aprovada na sessão do dia 2 de maio, a reunião vai tratar da negociação entre a montadora e o sindicato. “Vamos ouvir as informações que o sindicato vai trazer da conversa com a fábrica até o momento e aguardamos o agendamento de uma data para dialogar com a GM”.
“A situação da GM é preocupante; uma situação que não diz respeito apenas à economia, mas também ao sustento de centenas de famílias. Já vimos outras crises em que o diálogo foi determinante para encontrar caminhos e soluções. A Frente Parlamentar servirá para abrir caminho para o diálogo, e assim evitar impactos negativos para a nossa cidade e à vida desses trabalhadores e suas famílias”, afirma Sérgio Camargo (PSDB).
Outro membro da comissão, Wagner Balieiro (PT) diz que “há alguns anos, temos buscado, dentro das possibilidades do que cabe ao Legislativo, ajudar a manter a planta da GM em São José dos Campos, sem prejuízo aos trabalhadores. Vamos conversar para tentar ajudar nas negociações para que os empregos sejam mantidos. Um bom acordo é aquele em que todos fazem concessão ao outro lado”.
Compõem a comissão o presidente da Câmara, Juvenil Silvério (PSDB), o autor da proposta, vereador Lino Bispo, e os parlamentares Amélia Naomi (PT), Cyborg (PV), Dulce Rita (PSDB), José Dimas (PSDB), Maninho Cem por Cento (PTB), Renata Paiva (PSD), Sérgio Camargo (PSDB), Valdir Alvarenga (SD) e Wagner Balieiro (PT).
A GM negocia abertura de novo layoff, que é uma suspensão temporária de contratos de trabalho, para 1.600 trabalhadores. Cerca de mil funcionários aderiram a um abaixo-assinado para exigir que sejam feiras assembleias para discutir o assunto. Eles contestam a atuação do sindicato, que recusou a proposta por não contemplar estabilidade no retorno ao trabalho.
Sem acordo, a montadora adotou folgas coletivas para três mil operários desde abril a fim ajustar o volume e ritmo de produção à demanda do mercado. A GM também recorreu à Justiça, solicitando ao Tribunal Regional do Trabalho mediação no caso. Em fevereiro, mais de dois mil trabalhadores entraram em férias coletivas.
CMSJC