Os metalúrgicos da General Motors de São José dos Campos rejeitaram nesta terça-feira (19) a proposta da segunda parcela da PLR 2015 (Participação nos Lucros e Resultados) apresentada pela montadora e decidiram manter a greve iniciada ontem. A paralisação continua por tempo indeterminado.
A montadora ofereceu R$ 5.000, enquanto os trabalhadores reivindicam R$ 6.405. A greve parou 100% das atividades e pressionou a empresa a avançar nas negociações, mas o avanço foi insuficiente e rejeitado por ampla maioria dos trabalhadores.
“O valor mínimo aceitável é R$ 6.405, que equivale a 86% da tabela que nós temos há dois anos”, disse o presidente do Sindicato, Antônio Ferreira de Barros, o Macapá.
Os metalúrgicos cruzaram os braços na segunda-feira para pressionar a GM a aumentar a proposta da PLR 2015. A empresa pretendia pagar apenas R$ 4.250. Após nova rodada de negociação com o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, a empresa subiu a proposta para R$ 5.000 e antecipação da primeira parcela do 13º salário.
“O 13º salário é um direito nosso, o que estamos discutindo agora é a PLR. Mas se a empresa tem dinheiro para antecipar o 13º, tem para pagar uma PLR maior”, disse Macapá durante a assembleia.
O Sindicato está buscando uma nova negociação com a empresa ainda nesta terça-feira.
A GM também não pagou a segunda parcela da PLR para as fábricas de São Caetano do Sul e Gravataí. Em São Caetano, os trabalhadores já protocolaram aviso de greve.
“Os trabalhadores estão dispostos e vão a lutar por uma PLR maior”, afirmou Macapá.
A fábrica de São José dos Campos produz os modelos S10 e Trailblazer, além de motores e transmissão. A GM tem 4.800 trabalhadores, sendo que cerca de 600 estão em lay-off até o dia 31 de janeiro.
“A nossa luta, além da PLR, é por emprego e contra as demissões nas montadoras. É hora de decretar estabilidade de emprego no país”, concluiu Macapá.
Foto:sindmetalsj/Divulgação