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Varejo da região de Taubaté elimina 3.135 vagas de emprego em um ano

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Desempenho negativo foi influenciado pelos setores de concessionárias de veículos (-11,5%) e de lojas de vestuário, tecidos e calçados (-10,5%)

O comércio varejista da região de Taubaté criou 1.149 vagas em novembro de 2015, resultado de 4.658 admissões e 3.509 desligamentos. Assim, houve um crescimento de 1,1% na ocupação formal, que chegou a 103.871 no mês. Por outro lado, na comparação com o mesmo período de 2014, os números não foram tão animadores (houve fechamento de 3.135 postos de trabalho), o que resultou em uma queda de 2,9%. Já no acumulado de 2015, a retração foi ainda mais expressiva (-3,1%) no estoque de emprego, registrando 3.294 oportunidades de trabalho a menos.

As informações recebidas pelo Sincovat (Sindicato do Comércio varejista de Taubaté e região) são da Pesquisa de Emprego no Comércio Varejista do Estado de São Paulo (PESP), realizada pela FecomercioSP.

O estudo é elaborado com base nos dados do Ministério do Trabalho e Emprego, por meio do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e o impacto do seu resultado no estoque estabelecido de trabalhadores no Estado de São Paulo, obtido com base na Relação Anual de Informações Sociais (Rais).

Das nove atividades analisadas em novembro, na comparação com o mesmo período de 2014, sete apresentaram resultado negativo na ocupação formal, com destaques para as concessionárias de veículos (-11,5%) e as lojas de vestuário, tecidos e calçados (-10,5%). Os desempenhos positivos ficaram por conta dos setores de supermercados (2,7%) e de farmácias e perfumarias (1%).

Para o presidente do Sincovat Dan Guinsburg, diante de uma persistente crise econômica que afeta diretamente o consumo das famílias e, consequentemente, o faturamento do comércio, o setor varejista perdeu gradativamente ao longo dos últimos anos a sua capacidade de investir e gerar vagas de emprego no período que antecede o Natal.

Segundo Dan, a expectativa é de cenários mais pessimistas para os próximos meses, já que parte do orçamento familiar foi destinado ao pagamento de despesas de início de ano (IPVA, IPTU etc.), diminuindo a parcela disponível para consumo, o que resultará em receitas de vendas ainda menores e, consequentemente, saldos ainda mais negativos nas movimentações do mercado de trabalho do varejo na região.

Desempenho estadual
Em novembro, o comércio varejista do Estado de São Paulo abriu 13.682 novas vagas de emprego formal, consequência de 86.113 admissões contra 72.431 desligamentos, o que resultou em um estoque total de 2,14 milhões de trabalhadores. Apesar do dado positivo visto em novembro – mês que concentra a geração de empregos temporários para o Natal -, esse foi o pior desempenho para o período desde 2007. Além disso, no acumulado dos últimos 12 meses, o varejo fechou 55,6 mil postos de trabalho, o que representa uma queda de 2,5% no estoque de trabalhadores em relação a novembro de 2014. É a primeira vez desde 2008 que esse saldo fica negativo no período.

Ao avaliar o mercado de trabalho de janeiro a novembro, o cenário também foi negativo. Foram perdidas 48.260 vagas, representando um decréscimo de 2,2% do estoque de trabalhadores.

Das nove atividades analisadas, sete registraram redução do estoque de empregados em novembro, se comparado com o mesmo período de 2014. Destaques para os setores de concessionárias de veículos (-7,8%) e lojas de vestuário, tecido e calçados (-6,7%). Por outro lado, apenas os segmentos de farmácias e perfumarias (2,5%) e supermercados (0,9%) registraram aumento da ocupação formal.

Emprego no Comercio-Foto:Divulgação


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