A Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) deve divulgar ainda hoje (7) a análise de sólidos presente na água coletada após o rompimento, na sexta-feira (5), de uma barragem em Jacareí (SP), que lançou resíduos de mineração de areia no Rio Paraíba do Sul. O vazamento foi estancado ontem (6) às 13h20 e a Cetesb informou que segue monitorando o local.
Na noite deste sábado, a companhia concluiu parte da análise da água. “Além de alterações na turbidez, a varredura de metais mostrou a presença de alumínio e ferro acima dos valores de referência de qualidade da água estabelecidos pelo Conama (Conselho Nacional do Meio Ambiente). O resultado está dentro do esperado, dadas as características do solo da região, propício ao acúmulo de ferro e alumínio. Nas concentrações encontradas, os dois metais não oferecem riscos à fauna aquática e à saúde humana”, diz a Cetesb, em nota.
Foram coletadas amostras de água em pontos à montante (antes) e à jusante (adiante) do local do rompimento, bem como no próprio local do rompimento. Segundo a companhia, as três varreduras: turbidez, metais e sólidos, são parte do protocolo para análises da qualidade da água em casos como este.
Após o rompimento da barragem, o fornecimento de água foi interrompido na noite de sexta-feira em 70% da cidade de São José dos Campos, segundo informações da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), e reiniciada às 15h deste sábado.
O lançamento de rejeitos ocorreu na manhã de sexta-feira, quando a Mineradora Rolando Comércio de Areia fazia as atividades de extração em uma cava de areia próxima ao Rio Paraíba do Sul. A empresa depositava irregularmente os rejeitos da extração na cava da Meia Lua 1, de propriedade de uma outra mineradora com atividades paralisadas e em processo de renovação de licença.
O lançamento não autorizado elevou o nível de sedimentos na lagoa, o que resultou no rompimento da estrutura, lançando os rejeitos no Paraíba do Sul. Não houve feridos no local.
Foto:Margi Moss
Agência Brasil