Estado de São Paulo instituiu, em 1955, a presença feminina na corporação; hoje elas exercem um papel fundamental dentro da corporação
“Eu entrei na Polícia para ajudar as pessoas, para ajudar quem pedia ajuda”. A fala é da Coronel Iara, uma das 13 primeiras policiais femininas do Estado de São Paulo. Sua história na corporação começou em 1955 e remonta a trajetória da presença feminina.
Em maio daquele ano, sob o Decreto 24.548, institui-se o corpo de Policiamento Especial Feminino. Para isso, foram selecionadas 13 mulheres, as quais eram denominadas “as 13 mais corajosas de 1955″. A Coronel Iara era uma delas. “Naquela época, a gente atuava em estações, como a Estação da Luz. Os migrantes chegavam com papagaio e criançada e não sabiam o que fazer na cidade. Então, a gente ia ver o que precisava, se precisava de albergue, de serviço social, hospitalização”, relembra.
Nesses 60 anos de existência, muita coisa mudou e evoluiu, tanto na sociedade brasileira, como na corporação. E as mulheres sempre contribuíram positivamente e quebraram preconceitos. “É uma historia de conquista, de acessar um segmento que era inimaginável a mulher estar presente. Era impensável uma mulher no Regimento de Cavalaria e hoje nós temos, era inimaginável uma mulher pilotando uma aeronave do Grupamento Águia e hoje nós temos”, detalha a Coronel Maria.
“Nós demoramos, lutamos muito. Mas eu acho que a igualdade chegou. Não vejo diferença nenhuma. Então, é sinal de orgulho. Acho que a Polícia Militar dá um exemplo de igualdade de gênero”, finaliza.
Foto: Du Amorim/ A2 FOTOGRAFIA