A Organização Mundial da Saúde, OMS, fez uma pesquisa com estudantes europeus e descobriu que eles estão deixando de fumar. Em 2010, 24% dos jovens de 15 anos da Europa tinham experimentado o primeiro cigarro aos 13 ou até antes. Mas em 2014, essa proporção caiu para 17%.
A redução entre as meninas (de 22% para 13%) foi maior do que entre os garotos (26% para 22%). Os dados não mostram nenhuma associação consistente entre influências familiares e o hábito dos adolescentes de fumar.
Aspectos
O estudo é atualizado pela agência da ONU a cada quatro anos e tem como foco a saúde e o comportamento dos menores em idade escolar. Em geral, 80% dos participantes da pesquisa garantiram que estão satisfeitos com a vida, mas muitos fatores afetam de forma diferente garotas e garotos.
Participaram jovens de 42 países da Europa Ocidental e do Leste. Foram analisados vários aspectos sociais e de saúde, incluindo obesidade e imagem corporal, hábitos alimentares, nível de atividade física, bullying e uso de álcool, tabaco e maconha.
Percepções
Enquanto as garotas são as que mais comem frutas e vegetais e escovam os dentes mais vezes que os garotos, elas têm mais percepções negativas sobre seu corpo. Por outro lados, os adolescentes se arriscam mais e fazem mais exercícios.
Sobre o peso corporal, 43% das meninas de 15 anos acreditam que estão gordas e 25% estão fazendo dieta ou tomando alguma medida para emagrecer. Em relação a experiências sexuais, 17% das garotas e 24% dos garotos confirmaram já terem tido relações, sendo que o índice caiu em relação aos números de 2010.
Família
A pesquisa da OMS quis saber também se os adolescentes da Europa estão fumando maconha. O resultado mostra que os índices variam muito de país para país: 29% dos adolescentes da Estônia, França e Suíça usam ou já usaram, enquanto na Armênia, nenhuma garota afirmou que usou a droga.
A prevalência do bullying é de 12% para os garotos e de 10% para as meninas de 15 anos. Sobre relações familiares, o levantamento indica que o apoio dos pais e a comunicação geralmente é maior em famílias com mais dinheiro.
A representante da OMS na Europa afirmou que existe enorme diversidade entre os jovens, o que requer intervenções diferentes em cada situação e contexto social. Zsuzanna Jakab destacou ser importante levar em conta gênero, idade, embiente social e cultural.
12% dos garotos e de 10% das garotas sofreram bullying. Imagem: OMS Europa
Leda Letra, da Rádio ONU em Nova York.