Em Brasília, a campanha Livres & Iguais das Nações Unidas promoveu em dezembro um curso inédito sobre o papel da ONU na promoção dos direitos humanos de pessoas LGBTI. Tendo como público-alvo ativistas do Distrito Federal e outros interessados no tema, a iniciativa abordou normativas internacionais que garantem a proteção e inclusão de gays, lésbicas, bissexuais e trans.
Em Brasília, a campanha Livres & Iguais das Nações Unidas promoveu em dezembro um curso inédito sobre o papel da ONU na promoção dos direitos humanos de pessoas LGBTI. Tendo como público-alvo ativistas do Distrito Federal e outros interessados no tema, a iniciativa abordou normativas internacionais que garantem a proteção e inclusão de gays, lésbicas, bissexuais e trans.
Concluído em dezembro (16), o curso discutiu a implementação do Pacto Internacional de Direitos Civis e Políticos e do Pacto Internacional de Direitos Econômicos, Sociais e Culturais, dos quais o Brasil faz parte. A adoção de ambos os documentos pela ONU completou 50 anos em 2016.
Condições de trabalho decentes e riscos específicos das pessoas LGBTI vivendo em situação de deslocamento forçado também foram debatidos ao longo das atividades.
Segundo a Livres & Iguais, o objetivo da iniciativa era fortalecer a rede de organizações LGBTI do Distrito Federal e incentivar o uso de diretivas internacionais e da jurisprudência das Nações Unidas no ativismo.
Para Melissa Massayuri, ativista trans de Brasília que participou da formação e ganhou um certificado especial por seu desempenho, as palestras serviram para agregar argumentos à mobilização que ela já desenvolvia em defesa da população LGBTI.
“Aliado ao conhecimento que aprendi aqui, me sinto muito mais forte, agora vou mais além. Consigo agora ter todos os argumentos necessários”, afirmou. “Agora eu posso dizer, além de ser protagonista, eu também sou formada pela ONU.”
A Livres & Iguais é a campanha da ONU que promove a igualdade de direitos da população LGBTI. Iniciativa global, liderada pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH), a campanha foi lançada em 2013 e começou a ser implementada no Brasil em 2014. Dentre os eixos estabelecidos pelo ACNUDH para a campanha, está o trabalho com a sociedade civil para dar apoio e legitimidade ao enfrentamento da discriminação.
ONU