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PMA lança mecanismo de pesquisa para avaliar risco de fome global

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O Programa Mundial de Alimentos, PMA, lançou esta terça-feira um mecanismo de pesquisa para avaliar o risco de fome global até 2080.
O anúncio foi feito pela diretora-executiva da agência, Ertharin Cousin, na Conferência da ONU sobre Mudança Climática, COP21, que está sendo realizada em Paris.
África, Ásia e Américas
Em entrevista à Rádio ONU, Cousin falou sobre as áreas mais vulneráveis para o risco de fome no mundo.
A chefe do PMA disse que “as regiões mais afetadas são África, Ásia, América Central e partes da América do Sul. São as áreas onde vivem as pessoas mais vulneráveis do mundo”.
O sistema é chamado Mapa da Vulnerabilidade da Mudança Climática e da Insegurança Alimentar e vai fornecer aos especialistas uma ideia do que pode ser a situação global futura até 2080.
O mapa mostra como os esforços de mitigação e adaptação podem prevenir os “piores impactos” da mudança climática na questão da fome no mundo.
Fracasso
Além disso, o material ilustra como o “fracasso de uma adaptação ao aumento das emissões dos gases que causam o efeito estufa pode aprofundar ainda mais a vulnerabilidade de milhões de pessoas à fome e à desnutrição”.
Ertharin Cousin deixou claro que “o mundo não terá condições de alcançar os resultados de sustentabilidade duráveis pelo próximo século se tentar reduzir as emissões (de gases) sem investir em adaptação”.
Segundo ela, o investimento em adaptação é a “forma de garantir a prosperidade e a paz que a agenda 2030 tanto apoia”.
Pesquisas
O mapa interativo inclui cinco anos de pesquisas feitas entre o PMA e os cientistas do Met Office Hadley Centre, que é um instituto de ciências britânico especializado em questões relacionadas ao clima.
Ele mostra como a mudança climática afeta a segurança alimentar atualmente nos países menos desenvolvidos e através de projeções mostra também o que pode acontecer no futuro, dependendo das ações tomadas pelos governos.
A pesquisa revela que milhões de pessoas vão enfrentar grande vulnerabilidade em relação à segurança alimentar até 2050, independente das emissões dos gases que causam o efeito estufa.
O mapa diz ainda que se houver uma redução das emissões, a vulnerabilidade permanecerá estável entre 2050 e 2080, caso contrário a situação em 2080 será muito pior do que a atual.

A mudança climática afeta a segurança alimentar nos países menos desenvolvidos. Foto: ONU COP21
Edgard Júnior, da Rádio ONU em Nova York.


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