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Desemprego e endividamento são os principais motivos para não presentear no Dia das Mães, aponta FecomercioSP

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A situação econômica cada vez mais crítica tem feito até os filhos pensarem um pouco mais antes de ir às compras para o Dia das Mães. De acordo com a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), apenas 58,6% dos consumidores pretendem presentear as mamães, valor praticamente igual ao do ano passado (58,5%), mas inferior à média histórica de 64%. A sondagem foi realizada no dia 30 de abril, com 1.126 entrevistados na capital paulista.

Apesar de a proporção ser maior para os que têm a intenção de consumir, o que chama a atenção são os motivos que levam os que não pretendem dar presentes a deixar as compras de lado: 13,3% disseram que estão desempregados, ante 4,1% que alegaram o mesmo motivo no ano passado, ou seja, um número três vezes maior. Já os que disseram estar sem condições financeiras ou endividados passaram de 38,6% em 2015 para os 51,8% atuais.

Já o valor médio que deve ser gasto com presentes subiu de R$ 166 para R$ 169 este ano, mas, segundo a FecomercioSP, como os preços subiram 10% em média no período, houve uma queda real de 8% no valor médio do presente.

Os itens mais procurados pelos filhos devem ser Vestuário, Calçados e Acessórios (41,2%) e Perfumes e Cosméticos (20,9%). Ainda de acordo com a Entidade, reflexo da deterioração econômica, produtos como eletrodomésticos (5,3%) e celulares (3,8%) são cada vez menos procurados.

Coincidentemente, os produtos mais desejados pelas mães para este ano também são Vestuário, Calçados e Acessórios (25,4%) e Perfumes e Cosméticos (18%), embora itens como celulares (11,7%), eletrodomésticos (11,1%) e Aparelho de TV e Som (6,9%) estejam na lista de algumas.

Tempos difíceis
A sondagem mostra ainda que o desemprego em alta, a inflação corroendo o orçamento e poucas perspectivas de melhoria no curto prazo impõem um grau de racionalidade muito maior aos consumidores e 73,3% dos entrevistados alegaram que a situação em 2016 para comprar presentes está pior que no ano passado (52,2%).

Com isso, o consumidor quer evitar contrair dívidas e 96,4% dos entrevistados não estão dispostos a recorrer a financiamentos ou empréstimos para comprar presentes na data. Cresceu, assim, a proporção daqueles que pretendem pagar o presente à vista: 77% do total usarão dinheiro, cheque ou cartão de débito, contra 76,3% no ano passado. O cartão de crédito será o segundo meio mais utilizado (21,4%), e os que vão optar pelo parcelamento e recorrerão a carnês e boletos totalizaram 0,8%.

Queda de 10%
A exemplo dos consumidores, os empresários também estão pessimistas em relação ao Dia das Mães e estimam para a data queda nas vendas de 10% na comparação com o ano passado – o pior resultado desde 2011. O dado faz parte da sondagem realizada com 100 lojistas da capital paulista entre os dias 2 e 3 de maio pela FecomercioSP.

Já em relação à forma de pagamento, os empresários acreditam que 62% dos pagamentos serão realizados por meio de cartão de crédito. Entre os entrevistados, 32% investiram em ação publicitária para a data e 40% evidenciam que os estoques, em relação ao ano passado, estão menores, o que mostra a racionalidade dos varejistas diante do momento atual. Apenas um em cada 20 empresários pretende contratar temporários e, entre os que contratam, somente um em cada quatro tem intenção de efetivar a contratação.

Sobre a FecomercioSP
A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) é a principal entidade sindical paulista dos setores de comércio e serviços. Congrega 157 sindicatos patronais e administra, no Estado, o Serviço Social do Comércio (Sesc-SP) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac-SP). A Entidade representa um segmento da economia que mobiliza mais de 1,8 milhão de atividades empresariais de todos os portes. Esse universo responde por 11% do PIB paulista – aproximadamente 4% do PIB brasileiro – e gera 5 milhões de empregos.


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